Chega ser engraçada a forma como os outros, ou melhor, como nós julgamos que a vida de terceiros pode ser melhor, idealizando toda uma perfeição, sujeitando nosso cotidiano a um nada, pondo a prova nossa a realidade.
Cada um sabe, em silêncio, do que um dia já precisou abrir mão, de quantas vezes superou alguma ferida demonstrando um sorriso enquanto gritava interiormente por ajuda. Grandes máscaras que nos vendam, iludem, por vezes fazendo com que desmereçamos o que é nosso, que por luta foi conquistado. Talvez, uma rara hipótese, sim, o outro deve ser feliz. Mas qual o preço de se estar ali ? Não seria ele feliz por não estar comparando sua vida a de alguém ? Por estar aproveitando ao máximo sem dar chance de alguma dúvida permear por ali ? Se você não confia, se não há convicção, você abre espaço para as dúvidas e junto a elas todo um caminho de insegurança, quando o que é mais necessário é deixado de lado, viver.
Depois de um certo tempo você enxerga, se existe vontade e força, então há tudo.
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